O anúncio oficial, pelo Ministério da Saúde, da vinda de quatro mil médicos cubanos para trabalhar no Brasil tem reforçado o ódio ideológico ao PT. Além de qualificar a ação do governo como “eleitoreira”, o presidente da Federação Nacional dos Médicos, Geraldo Ferreira, foi um dos primeiros, depois do anúncio da contratação, a colocar em dúvida a qualidade desses profissionais. Segundo ele, a atuação dos médicos cubanos em outros países “é muito próxima de brigada militar, ao invés de um profissional de saúde”.
Nas redes sociais, as críticas de parlamentares da oposição também foram duras. “Nossos companheiros na importação de médicos cubanos: Bolivia.,Equador,Venezuela ,Haiti. Mas o Lula não disse q o SUS era perfeito?”, provocou o deputado Eduardo Azeredo (PSDB/MG), um dos réus do chamado “mensalão tucano”. “A máscara caiu!!! Padilha assina convênio internacional para contratar 4 mil médicos cubanos”, escreveu o deputado Ronaldo Caiado (DEM/GO), que é médico. As mensagens levam a uma simples conclusão: as críticas são principalmente ideológicas, se referindo até mesmo a Fidel Castro, uma forma de mostrar que o sistema de governo da ilha é o principal problema para a contratação. Do time de críticos, ninguém sugere, no entanto, uma solução para resolver o déficit de médicos nas 701 cidades brasileiras.