Especialistas indicados por um tribunal italiano culparam diretamente o capitão do cruzeiro Costa Concordia, Francesco Schettino, pelo naufrágio da embarcação e as mortes de 32 pessoas, em 13 de janeiro deste ano, na ilha do Giglio, ao largo da Toscana. Mas eles também afirmam que alguns tripulantes e a Costa, empresa proprietária do transatlântico Concordia, contribuíram para o desastre por causa das medidas deficientes em segurança e no atraso na retirada dos passageiros.
O Costa Concordia bateu nos recifes e naufragou na ilha do Giglio na noite de 13 de janeiro, após Schettino, de 52 anos, mudar a rota do navio e levá-lo para muito perto da ilha, em numa manobra exibicionista. Segundo os especialistas, tanto Schettino quando a empresa Costa sabiam que o capitão faria a manobra arriscada quando partiram mais cedo do porto de Civitavecchia, no litoral do Lácio. Schettino é acusado de homicídio culposo (quando não há a intenção de matar), ao naufragar o navio e abandoná-lo antes que todos os 4.200 passageiros e tripulantes fossem retirados. “Madonna, que confusão eu fiz”, disse Schettino às 21h45, Outras oito pessoas, entre elas tripulantes e o coordenador da crise provocada pelo naufrágio do Costa, também estão sob investigação. O Tribunal de Grosseto, na Toscana, ordenou aos investigadores que ajudem a determinar quem, se for necessário, deve ser julgado. Uma audiência foi marcada para outubro. No relatório de 270 páginas quatro especialistas reconstituíram e descreveram minuto a minuto o naufrágio de 13 de janeiro.