Qual é a mão que balança o berço do 7 de setembro? Cercado de expectativa, o próximo feriado da Independência deve marcar a reabertura da temporada de protestos no País. Manifestaçães convocadas pelas redes sociais projetam que 4,6 milhães de brasileiros poderão ir às ruas, em 147 cidades brasileiras. Grupos mais radicais já falam até, de forma explícita, em promover quebra-quebra.
Mas será que são manifestaçães autónomas da “cidadania” ou há uma articulação política por trás dessas convocaçães? Uma reportagem da revista Carta Capital lança algumas luzes sobre essa movimentação. Segundo o texto, entre os agitadores do 7 de setembro estão a ONG “Brazil No Corrupt”, ligada à família do deputado homofóbico Jair Bolsonaro (PP-RJ), que defende abertamente o regime militar de 64, e um militante virtual na internet. Ele se chama Ari Nogueira e já trabalhou no gabinete do deputado estadual Valdir Rossoni (PSDB-PR), que comanda há anos a Assembleia Legislativa do Paraná …− Ari, que usa no Twitter o pseudónimo Ary Kara, estaria sendo investigado por ser um dos funcionários fantasma do Legislativo paranaense, lotado no gabinete de Rossoni. O texto já gerou reaçães nas redes sociais. Mas o grupo Anonymous também se viu forçado a divulgar nota para negar qualquer caráter partidário na “Operação Sete de Setembro”. Estão de brincadeira? E as autoridades?