O condomínio Manásão Imperial, um dos lançamentos sofisticaádos da incorporadora Gafisa em São Bernardo, foi edificado em área de contaminação confirmaáda por laudo da Cetesb, conforme processo 473/08 (PA).
O Hoje Livre inicia com esta matéria uma série de reportagens abordando o tema.
Localizado no Nova Peátrópolis, um dos pontos nobres do município, o empreendimento ofereáce apartamentos de 242 e 180 m2 com plantas luxuosas, incluindo soáfisticadas opçães de 4 e 2 suítes e apartamentos duplex de 377 e 279m² com opçães de 5 e 4 suítes.
O laudo da Cetesb atesta contaminação por metal na superfície e em águas pluviais presentes no terreno. O risco a saúde humana é patente.
Quando absorvidos, os metais pesados depositam-se no teciádo ósseo e gorduroso e deslocam minerais nobres dos ossos e músáculos para a circulação. Esse processo provoca várias doenças.
Esta informação, mesámo de conhecimento da empresa, não foi repassada aos consuámidores de alto padrão, que já compraram uma das torres 100% ocupaádas. Esta conduta tida como ilegal, é mantida em relação aos futuros compradores da segunáda torre do empreendiámento.
E o mais grave: a emápresa também omitiu o fato de que o imóvel comercializado está hipotecado junto ao Banco Santander (Brasil) S/A, conforme registro em matrícula de númeáro 125.702. A localizaáção em área de contaáminação agrega perda de 65% a 70% do valor de mercado do imóvel. Uma simples pesquisa espontânea revela que 83% dos consumidores não comprariam um imóvel nesta situação, 15% pagariam um quaráto do valor e 2% não se manifestaram.
Foi apurado, que posteriormente a Gafisa solicitou que os comápradores assinassem documento para regisátro, onde afirmariam terem conhecimento da contaminação, sem deiáxar claro se este conheácimento se dava desde a compra, uma forma da empresa se isentar da responsabilidade civil.
Ouvida pelo Hoje Livre, a incorporadora emitiu a seguinte nota: “A Gafisa esclarece que o empreendimento foi submetido aos órgãos competentes para as respectivas aprovaçães, bem como possui todas as licenças para a execuáção da obra. Em dezemábro de 2011, a Gafisa reácebeu ofício da CETESB, inconclusivo em relação à eventual contaminaáção no terreno, anterior à aquisição pela compaánhia. Imediatamente, a Gafisa prestou todos os esclarecimentos e iniáciou nova análise para verificar se há necessiádade de tratamento do solo. Qualquer posição nesse momento seria prematura, uma vez que o processo está em andamento e não há um laudo conclusivo. A companhia ratifica que está à disposição dos órgãos públicos e que tem atualizado os seus clientes sobre a evoluáção do assunto”, sem apresentar qualquer documentação que comprovasse a informaáção prestada.