A Prefeitura de Ribeirão Pires publicou a homologação da concorrência que escolheu as empresas responsáveis por gerir o Sistema Municipal de Saúde nos próximos 12 meses. Duas foram qualificadas pela administração do prefeito Saulo Benevides (PMDB).
A atual detentora dos serviços, a Santa Casa de Ribeirão Pires ficará responsável pelo gerenciamento, operacionalização e execução das açães e serviços de saúde, incluindo equipamentos, unidades destinadas a gestão e administração das Redes de Atenção Psicossocial, Especialidades e Atenção Básica. Para promover os serviços cobrou R$ 16.837.236,12.
O Gamp …− Grupo de Apoio à Medicina Preventiva e à Saúde Pública fará a gestão do Laboratório de Análises Clínicas, Urgência / Emergência e Central de Transporte, incluindo o Hospital e Maternidade São Lucas e Upa Santa Luzia. O contrato é de R$ 45.244.074,36.
Juntas, as organizaçães irão receber R$ 62,081 milhães. Em 2016, o orçamento municipal para Saúde é estimado em R$ 93 milhães.
Segundo o Governo, as contrataçães de organizaçães não governamentais para a gestão do setor é uma forma de garantir a qualidade do serviço prestado para população, mas se depender do histórico das vencedoras da licitação, será necessário uma fiscalização rígida na execução dos serviços.
A Santa Casa, responde pela administração das Redes de Atenção Psicossocial, Especialidades e Atenção Básica, bem como São Lucas, Laboratório de Análises e Upa Santa Luzia, coleciona reclamaçães e denúncias. Enquanto esteve a frente dos trabalhos, médicos entraram em greve, faltou medicamentos, exames laboratoriais foram suspensos e denúncias de negligência se multiplicaram. Recentemente, pacientes foram retirados às pressas da Upa Santa Luzia, após uma queda de energia. O gerador não funcionou, colocando em risco a vida de pacientes graves.
O Gamp …− Grupo de Apoio à Medicina Preventiva e à Saúde Pública também traz consigo reclamaçães e denúncias de cidades por onde administrou o setor. Em outubro de 2014 a Câmara de Avaré encaminhou ao Ministério Público denúncia quanto a irregularidade na contratação e serviços do Gamp. A reportagem do Portal G1, de 09 de outubro de 2014, cita que o grupo, responsável pelo fornecimento de mão de obra médica para os plantães do pronto-socorro municipal não cumpria o especificado no contrato.
O Gamp também foi alvo de reportagem do programa CQC…ˆda Band. O quadro Proteste Já esteve em Bom Jesus dos Perdães, interior de São Paulo, onde o principal hospital público da cidade sofria com a falta de médicos. Para tentar amenizar a situação, a Prefeitura do município contratou o Gamp para terceirizar o atendimento no hospital. Porém, o que se viu foi uma desorganização total, com médicos fazendo misteriosos plantães de 36 horas.