No Senado, a disputa pela primeira vice-presidência da Casa opãe o líder do governo no Congresso, José Pimenátel (CE), e a senadora Marta Suplicy (SP), atual dona do posto. Pimentel cobra acordo, firmado no início do ano pasásado, após conflito interno, que estabelecia um rodízio no qual cada um ocuparia a vaga por um ano.
Marta foi escolhida para iniciar no cargo por dois moátivos: a importância simbólica de se ter uma vice-presidente mulher no primeiro ano de governo da presidenta Dilma Rousseff; e, como na época havia a possibilidade de que Marta disputasse este ano a prefeitura de São Paulo, seria melhor que ela não acumuálasse a agenda de candidata com o posto na Mesa. Porém, na última reunião da bancada, ocorrida em 20 de dezembro, Marta sinalizou aos petistas que não deixaria a primeira vice-presidência. Em conversas privadas, a seánadora alega que seria obriágada a renunciar à vaga, o que, segundo ela, iria contra o regimento da Casa, além de gerar desgaste político.
“Isso pode esquentar o clima”, afirma o senador Waláter Pinheiro (BA). “Fui o único a ser contra o acordo. Para passar o lugar ao Pimentel, a Marta teria que renunciar ao cargo “.
O líder do PT, Humberáto Costa (PE), explica, que a questão da renúncia havia sido acertada com Marta no ano passado. “Acredito que não exista esse problema, nada que respalde essa posiáção”, assinala Costa. “Pelo que senti em conversas, a maioria defende que o acordo seja cumprido. E não há problema de negociação com outros partidos. A vaga é do PT”.