São Caetano do Sul promoveu neste sábado (22), no Hospital São Caetano (Rua Espírito Santo, 277, Bairro Santo Antonio), o I Mutirão de Distúrbios do Movimento para diagnóstico de doença de Parkinson.
A ação ocorreu por meio de parceria da Secretaria Municipal de Saúde e do Núcleo de Apoio à Saúde da Família (NASF) da Diretoria de Atenção Básica com a Faculdade de Medicina do ABC (FMABC). O Grupo de Distúrbios de Movimento da disciplina de Neurologia da FMABC fez atendimentos pré-agendados gratuitos para 95 pacientes da cidade selecionados nos ambulatórios.
De acordo com o secretário municipal de Saúde, Dr. Silvio Luiz Martinez, tratou-se de um evento todo montado pela Faculdade de Medicina do ABC, que já aconteceu duas vezes em Santo André e em Mauá, para diagnóstico precoce da patologia de Parkinson, enfermidade neurodegenerativa de causa desconhecida. “É mais uma iniciativa da Prefeitura no Outubro Rosa. Foi realizado pelos examinadores conduzidos pelas equipes de Neurologia e seus residentes e da Clínica Médica para orientação de exames e seu tratamento.”
O objetivo é diagnosticar pessoas com sintomas sugestivos à doença, entre os quais tremores, lentidão progressiva dos movimentos e rigidez muscular e outros distúrbios de movimento. Pacientes com distúrbios cognitivos …− como esquecimento …− também foram atendidos no mutirão. O diagnóstico da doença de Parkinson é clínico pelo histórico do paciente e avaliação neurológica. Casos duvidosos foram encaminhados para exames subsidiários como tomografia computadorizada, ressonância magnética e exames laboratoriais.
“Buscamos divulgar o Parkinson e proporcionar atendimento aos pacientes com a doença ou com suspeita e que ainda não realizam acompanhamento neurológico”, explica a professora de Neurologia e coordenadora do Ambulatório de Distúrbios de Movimento da FMABC, Dra. Margarete de Jesus Carvalho.
Cerca de 20 pessoas estiveram envolvidas nos atendimentos, entre médicos, professores, alunos e voluntários.
Tratamento paliativo A doença de Parkinson é uma patologia neurológica que afeta os movimentos. Segundo a Associação Brasil Parkinson, o problema decorre da degeneração de células nervosas (neurónios) situadas na região cerebral conhecida como substância negra. Incurável, de caráter progressivo e lento, a doença ainda tem causa desconhecida e apresenta entre os principais sintomas tremores, lentidão de movimentos, rigidez muscular, desequilíbrio, alteraçães na fala e escrita.
Diferentemente da doença de Alzheimer, pacientes com Parkinson não têm afetadas a memória e a capacidade intelectual na fase inicial. A doença de Parkinson pode atingir qualquer pessoa, independente de sexo, raça, cor ou classe social. É mais comum em idosos, com os primeiros sintomas geralmente a partir dos 50 anos. Estima-se que 1% da população mundial com mais de 65 anos sofra com o problema.
Apesar de não haver cura, existem tratamentos que combatem os sintomas e retardam o progresso da doença. Medicamentos e cirurgias fazem parte do arsenal terapêutico, assim como sessães de fisioterapia e terapia ocupacional, além de fonoaudiologia para casos em que há comprometimento da fala ou da voz.